quinta-feira, 25 de julho de 2019

Tempo!

"Ai os meus bigodes... É tarde, é tarde até que arde... 
Ai, ai, meu Deus, alô, adeus, é tarde, tarde é tarde. 
Não, não, não, eu tenho pressa, pressa... 
Ai, ai, meu Deus, alô, adeus, é tarde, é tarde, é tarde". 
(Fala do coelho branco em Alice no País das Maravilhas)



Não é a por acaso que um coelho, que vive saltitando e correndo, é o autor desta frase. Assim como ele encontra Alice estando muito apressado e preocupado com o tempo que passa, nós também estamos. Só que sem perceber que independente do nossa angústia e do que fazemos com o tempo que temos, ele passa. Sempre passa. Nem rápida ou devagar. Apenas segue seu rumo temporal de segundos, minutos e horas. Dia após dia.


O desafio é encontrar o sentido do tempo. Do nosso tempo. 
O que queremos fazer dele ou com ele. Deixar passar e seguir seu curso incontrolável ou apesar da ausência de controle, dar qualidade a jornada? Tempo físico. Tempo mental. Tempo emocional. Tempo espiritual. De que tempo estamos falando? Todos na verdade! Não são separados porque não somos partes separadas e independentes de um relógio. Não somos o mecanismo e nem os ponteiros.

O que somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Perguntas seculares que desafiam nossa razão. Desafiam nossa perspectiva pois falam de um tempo que não se mede diante de sua grandeza infinita. Este é o ponto de travar o cronômetro.
Para segurar o tempo? Não! Para pensar sobre o que estamos fazendo de nossas vidas e do tempo que pensamos ter mas que por si só, corre e passa.
A lagarta leva um tempo enorme no casulo para se transformar. Ganhar asas e voar. Quando voa é livre. Vai onde quiser e fica o tempo que quiser.
Pode parecer que tem pouco tempo a partir deste momento em que é livre.
Afinal, estava quentinha e protegida no casulo. Não importa. Não mais. Agora que suas asas abriram, ela só quer voar.
Vamos?

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